Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil
Ao contrário do que o senso comum acredita, o crack não causa exclusão social. Pelo contrário, segundo especialistas, o uso da droga é consequência de uma vida precária que leva à dependência e faz com que muitos sejam encontrados em situação de pobreza extrema, usando a droga nas ruas de cidades brasileiras, vulneráveis a riscos, como homicídios. A constatação é de Pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgada hoje (21), no Rio de Janeiro.
Depois de analisar cerca de 200 entrevistas com usuários e profissionais de saúde mental, o levantamento mostra que o uso da droga apenas piora a situação de pessoas que não tem laços familiares, moradia, trabalho e estudo - problemas que chegaram antes da dependência.
Rio de Janeiro - O pesquisador Roberto Dutra Torres durante seminário Crack e exclusão social, na Fiocruz, em Manguinhos (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Rio de Janeiro - O pesquisador Roberto Dutra Torres durante seminário Crack e exclusão social, na Fiocruz, em Manguinhos (Tomaz Silva/Agência Brasil)Tomaz Silva/Agência Brasil
"O crack não é a causa da exclusão, é um elemento a mais, que reforça a exclusão social, processo que é anterior [à droga], no entanto, é reversível”, afirmou um dos autores da pesquisa, Roberto Dutra Torres, professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), ao divulgar os resultados, na Fiocruz. “Ninguém vira zumbi pelo crack”, reforçou.
Leia mais em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-10/pesquisa-aponta-que-uso-do-crack-e-consequencia-e-nao-causa-de-exclusao-social
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