por Gerson Camarotti
O Palácio do Planalto avalia que não dá para o governo "morrer de véspera" em razão de uma eventual delação premiada do deputado cassado Eduardo Cunha, que ainda é incerta.
Essa orientação foi feita numa conversa entre o presidente Michel Temer e auxiliares após ele chegar a Brasília nesta quinta (20). O presidente desembarcou na cidade após passar os últimos dias em viagem à Índia e ao Japão.
Nas palavras de um auxiliar, mesmo que Cunha decida fazer uma delação, um eventual acordo com a Procuradoria Geral da República não será automático, já que há resistência entre investigadores em fechar uma colaboração do ex-presidente da Câmara.
"Não dá para o governo ficar imobilizado esperando o que Cunha pode ou não fazer", observou um auxiliar de Temer.
Também já há um movimento nos bastidores para blindar Temer de eventuais ataques do deputado cassado.
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